Páginas

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Observatório da Reciclagem Inclusiva e Solidária prepara ações contra a incineração


Em sua 9ª reunião, ORIS agenda DEBATE PÚBLICO
O Observatório da Reciclagem Inclusiva e Solidária (ORIS) – que reúne catadores, especialistas e técnicos ligados a área da pesquisa, às universidades, às associações e cooperativas, às organizações não governamentais (Ongs) defensoras das causas ambientais e do desenvolvimento sustentável e ao Movimento Nacional de Catadores de Resíduos (MNCR) – realizou, no dia 01 de novembro, sua 9ª reunião do ano. Na ocasião foi feito um balanço das atividades em que os integrantes do ORIS participaram ao longo de 2012.
NÃO À INCINERAÇÃO
Ponto dominante na pauta do encontro, os integrantes do ORIS manifestaram a necessidade de definição de uma agenda mobilizadora, com iniciativa das instituições que compõem o Observatório, com posição contrária à incineração. Na avaliação dos participantes, o tema precisa mobilizar a sociedade, pautar a imprensa e incidir na agenda política. Luciano Marcos, Diretor do Instituto Nenuca de Desenvolvimento Sustentável (INSEA), avalia como complexo o cenário. “Vivemos um crescimento empresarial sobre a coleta de resíduos somada ao favorecimento do tema das Parcerias Público Privadas – PPPs serem puxados sem nenhuma participação efetiva”, ponderou Luciano.
A preocupação com os avanços de políticas que incentivam a incineração fez com que a Diretoria do Instituto Sustentar, Jacqueline Rutkowski, manifestasse uma posição veemente de defesa da coleta solidária. “O Brasil tem uma tecnologia toda nossa – solidária, eficiente e de baixo custo”, pontuou. Em sua análise sobre o contexto dos interesses internacionais incineradores e o histórico construído pelos catadores brasileiros, Jacqueline ponderou que estamos diante de disputas no patamar das tecnologias. Com posição ecológica em benefício do planeta e inclusivo na geração de renda e cidadania, ela afirma que “sociedade, gestores, academia e catadores precisam ser mais incisivos na defesa do nosso modelo de coleta de resíduos.”
O QUE É INCINERAÇÃO
A incineração é a queima dos residuos (lixo). Ela gera prejuízos humanos, ambientais, sociais e econômicos.
O contrário desta prática é a coleta seletiva solidária, que gera inclusão pelo emprego e renda aos catadores, contribui a não agressão ao meio ambiente com a reutilização inteligente e ecológica dos descartes – tendo sua prática focada na sustentabilidade do planeta.
DEBATE PÚBLICO INCINERAÇÃO
Em articulação com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), através da Comissão de Participação Popular, o Observatório de Reciclagem Inclusiva e Solidária (ORIS) promoverá o Debate Público sobre Incineração. A atividade está prevista para o dia 20 de novembro na ALMG. Em breve, postaremos informações sobre o Debate Público aqui.
CONHEÇA NOSSO TRABALHO
Instituto Nenuca de Desenvolvimento Sustentável – INSEA
Rua Minduri, 492
Bairro Santa Inês
Belo Horizonte – MG
CEP.:31080.770
Site: www.insea.org.br
E-mail: insea@insea.org.br
Telefone/ Fax : (31) 3295.7270
(*) Matéria produzida por Antônio Coquito, jornalista profissional e assessor de comunicação do INSEA

MG é o primeiro a pagar catadores por serviços ambientais


Os catadores de materiais recicláveis do Estado de Minas Gerais foram os primeiros a conquistar o Pagamento por serviços ambientais, reivindicação histórica do Movimento Nacional dos Catadores (MNCR) que passa a ser colocada em prática com o programa Bolsa Reciclagem do Governo do Estado de Minas Gerais  instituído por Lei. Durante o 11º Festival Lixo e Cidadania, que aconteceu entre 22 a 25 de outubro, foram divulgados os resultados da implementação do programa que prevê investimento de 3 milhões de reais.
O pagamento é realizado com base no volume de material coletado pelos catadores organizados em cooperativas e associações. O valor pago varia de acordo com o material recolhido e beneficia os materiais com menor valor de mercado, estimulando a reciclagem de todos os resíduos.
O número de organizações de catadores cadastradas já somam 119 em todas as regiões do Estado e o beneficio atinge 1.561 catadores. Na primeira fase do programa, será remunerada a coleta de papel, plástico, vidro e metal.
Três catadores representantes do MNCR integram o conselho gestor do programa que avalia e fiscaliza as cooperativas aptas a receber o pagamento por serviços ambientais. “Estamos acompanhando de perto para que não entrem ‘coopera-gatos’ e ferros-velhos no programa” declarou Luiz Henrique da Silva, representante do MNCR em Minas Gerais. “Estamos trabalhando para que esse pagamento chegue a ser uma política federal e o Estado de Minas Gerais serve como modelo” finalizou.
Fonte: http://www.mncr.org.br

sábado, 26 de janeiro de 2013

Importantes matérias-primas de eletrônicos já estão em estado crítico de escassez no mundo




O aumento da produção e do consumo de bens eletrônicos pode levar o mundo a uma situação preocupante: risco de escassez de recursos naturais, devido aos baixos índices de reaproveitamento e reciclagem dos produtos. Esse é o cenário apresentado pela ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais
A afirmação é baseada em relatório da Comissão Europeia, segundo o qual 14 matérias-primas minerais, entre elas ouro, cobre, cromo, nióbio e lítio, já estão em estado crítico de escassez no mundo. “Se a extração desordenada prosseguir, o ouro pode se extinguir em menos de duas décadas”, aponta Carlos Silva Filho, diretor executivo da ABRELPE, ao destacar que o metal é um dos principais componentes das TVs de LCD e LED.
Silva Filho alerta ainda que, se não houver uma alteração nos hábitos e padrões de produção e consumo, os índices negativos tendem a se agravar, e apenas um planeta não será suficiente para satisfazer a demanda da sociedade. “De acordo com recente pesquisa à qual tivemos acesso, se todos os habitantes tivessem, por exemplo, os mesmos hábitos de consumo dos Emirados Árabes Unidos, seriam necessários mais de cinco planetas Terra”, compara.
A solução para esse problema contempla, entre outros aspectos, a implementação da gestão de resíduos sólidos baseada em uma hierarquia de ações que priorize a redução, o reuso e a reciclagem, aliada a sistemas de logística reversa. “No caso específico do Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, em vigor desde 2010, estabelece regras para isso. Também já estão sendo estabelecidos os primeiros acordos setoriais que vão pautar a logística reversa de uma série de produtos”, explica o diretor, ao salientar que a adoção da logística reversa, assim como adaptações no processo produtivo, são fundamentais para garantir o reaproveitamento dos materiais, principalmente dos metais e minerais ameaçados.
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a geração de lixo eletrônico no mundo cresce cerca de 40 milhões de toneladas por ano, dos quais 80% acabam em países em desenvolvimento e são responsáveis por 70% dos metais pesados encontrados nos aterros e lixões, que contaminam solos e recursos hídricos. Atualmente, o Brasil produz mais de 100 mil toneladas de lixo eletrônico por ano, e está entre os países que mais descartam televisores – 700g/habitante/ano –, ficando atrás apenas do México e da China.
“O setor de resíduos tem o potencial de alterar esse quadro dramático e preocupante de escassez de uma série de matérias-primas e além disso também contribuir de maneira efetiva e diferenciada para a redução das emissões de gases de efeito estufa, desempenhando um papel fundamental no encaminhamento de ações direcionadas ao desenvolvimento sustentável”, conclui o Silva Filho.

Fonte: http://ciclovivo.com.br


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Rio de Janeiro publica lei que obriga grandes geradores a destinar adequadamente os resíduos




Quem produz mais do que 60 quilos ou 120 litros de resíduos sólidos diariamente, na cidade do Rio de Janeiro, está obrigado a separar o material reciclável e encaminhá-lo à reciclagem, de acordo com a lei 5.538, publicada no Diário Oficial de quarta-feira, 16 de janeiro, pelo prefeito Eduardo Paes.
Aprovada na Câmara em outubro de 2012, a lei prevê multa de R$ 2.500 aos estabelecimentos que descumprirem suas obrigações.
A separação do lixo reciclável deve acompanhar o que estabelece a resolução 275 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama): lixeiras azuis para papel/papelão; vermelha para plásticos; verde para vidros; amarela para metais e laranja para resíduos perigosos.

Fonte: EcoD
(http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2013/janeiro/rio-de-janeiro-publica-lei-que-obriga-grandes#ixzz2IjQOR2GT )

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Isenção para produtos de material reciclado pode ser votada em fevereiro


Agência Senado
Produtos fabricados com material reciclado ou reaproveitado podem ficam livres da maioria dos impostos previstos atualmente, como o de Exportação (IE); o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); e o ICMS recolhido pelos estados. A proposta de emenda à Constituição (PEC 1/2012), do senador Paulo Bauer (PSDB-SC), já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), em setembro do ano passado, e está pronta para ser votada em Plenário.
A carga tributária viria das contribuições, caso do PIS/Pasep e da Cofins, que financia a seguridade social. O Imposto de Importação (II) também foi mantido. O texto original, que previa a isenção, foi alterado pelo relator, senador Amando Monteiro (PTB-PE), com o objetivo de estimular o reaproveitamento e a reciclagem no Brasil.
Paulo Bauer defende a desoneração desses produtos para o crescimento das riquezas acompanhado da preservação ambiental, o que segundo ele, deve ser incentivado pelo governo.
O senador destaca em seu texto a preocupação com o destino do lixo e a importância de uma consciência ecológica frente à “cultura do descartável e do desperdício”. Paulo Bauer também alerta para a necessidade de uma sociedade mais sustentável diante do esgotamento do estoque de recursos da natureza.
O presidente da Comissão de Meio Ambiente (CMA), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), apoia a proposta e vai pedir que a PEC seja votada assim que forem retomados os trabalhos do Senado, em fevereiro. Para ele, a isenção do ICMS deve estimular todo o processo de reciclagem e produção, desde o catador até a indústria final.
A PEC 1/2012 ainda precisa passar por dois turnos de votação no Plenário do Senado antes de seguir para a Câmara dos Deputados.

Catadores Assinam contrato com Governo de Buenos Aires


Uma grande notícia para os catadores da América Latina: no último dia 04 de janeiro foi assinado contrato entre Governo da cidade de Buenos Aires e as organizações de catadores da cidade. O contrato prevê o apoio com uniformes, seguro de acidentes pessoais e recursos para o custeio de despesas para o atendimento de normas de higiene e saúde laboral. Além disso, o governo se responsabiliza por garantir creches para os filhos dos catadores nos horários de trabalho.
Esse é mais um grande avanço dos catadores da América Latina rumo à inclusão social, pois o reconhecimento em uma metrópole do porte de Buenos Aires deixa clara a importância política das reivindicações destes trabalhadores e aumenta a confiança dos gestores municipais da América Latina para o desenvolvimento de projetos desta natureza.

Fonte: Fundação Avina

Dica de livro: Cradle to Cradle

Cradle to Cradle. Remaking the way we make things de William Mcdonough e Michael Braungart.
(Do berço ao berço - Refazendo a forma como fazemos coisas)
Livro do arquiteto William McDonough e do químico Michael Braungart, é um manifesto pedindo a transformação da indústria humana através de um design ecologicamente inteligente. Fala que o sistema industrial que hoje apenas toma, faz e joga fora (takes, makes and wastes) pode se tornar um criador de bens e serviços que geram valor ecológico, social e econômico.
Cradle to Cradle fala sobre mudar o nosso sistema baseado no berço ao túmulo (sistemas que não consideram a utilização ou eliminação do produto (e seus materiais) depois que o consumidor o utiliza. Eles mostram como resíduo pode ser “comida” e retornar para os nossos sistemas técnicos (bens de consumo) e os sistemas naturais (edifício do solo, qualidade da água, etc.). Trata-se de “refazer a maneira como fazemos as coisas.”
Um dos temas-chave do livro é que apenas minimizar os danos não é bom o suficiente. Em vez disso, os autores propõem que mudemos os nossos processos de design de modo que a reutilização e a inserção de materiais pós consumo sejam construídos diretamente no processo de criação. Em vez de minimizar resíduos, podemos criar valor.
Cradle to Cradle vai além da noção de ter a reciclagem como etapa final em um fluxo de processo. O livro se baseia na ideia de que os resíduos não precisam existir. Nós podemos projetar nossas vidas e produtos em torno da noção que nossos resíduos podem voltar a alimentar outro sistema. Desde a maneira como vivemos até como projetamos e produzimos nossos bens.
O mundo natural fornece o modelo para o que os autores sugerem. O uso de nutrientes naturais, como energia solar e eólica pode ser observado desde a vida de um inseta até uma cerejeira. Eles sugerem que a chave é trabalhar junto, e não contra. A natureza respeita a biodiversidade, a elegância e abundância do que está ao nosso redor. E devemos começar nosso processo de design com a noção de que há uma coisa chamada resíduo.
Indústrias que respeitem a diversidade se envolvem com materiais locais e seus fluxos de energia, junto com as forças locais sociais, culturais e econômicas. Em vez de ver-se como entidades autônomas, sem relação com a cultura ou a paisagem em torno deles.
Ao longo do livro ele discute a noção dos princípios de design que podem ser perigosos. Como o “downcycling” (reciclagem com perda de qualidade técnica), que apenas adia o problema. Os produtos se tornam cada vez mais instáveis (e ambientalmente problemáticos) quando são reciclados.
Ele detalha sobre o que significa projetar produto com design que é apenas menos ruim, mas sim 100% bom. Os autores olham para a arquitetura e como podemos projetar construções que levam em conta a diversidade das suas configurações, e as necessidades naturais de seus habitantes.
O livro termina com “Cinco Passos para o Eco-efetividade”, um resumo elegante de como colocar os princípios filosóficos discutidos no livro em prática. Algumas delas, como “Passo 2: Siga informadas preferências pessoais” pode parecer um pouco incomum, defendendo que usamos o nosso sentido estético, as nossas observações e nosso próprio senso de prazer para orientar nossas decisões de design. Enquanto outros, como “Passo 4: reinventar” pode parecer demasiado amplo para o leitor médio. No entanto, o livro é cheio de exemplos específicos, principalmente da indústria, que é fácil imaginar o que eles estão defendendo a funcionar na prática.
Afinal, o próprio livro não é apenas projetado para se encaixar na filosofia do “berço ao berço”, também está escrito de uma forma que é fácil de ler, linguisticamente elegante e atraente.
Direcionado para designers, engenheiros e formadores de opinião. O texto é claro, simples e adequado para todos os níveis de conhecimento. Cada leitor encontrará coisas diferentes no livro. Ele serve como um guia para o desenvolvimento sustentável. Desde o seu lançamento em 2002 tem influenciado várias pessoas a repensar os seus processos.

Sobre o livro

A edição americana, publicada em 2002, é um exemplo prático do que é pregado no livro. Eles consideraram tudo, desde o “papel”, tinta, cola, e fim de vida dos materiais. Impresso em papel sintético, feito a partir de resinas plásticas e fibras inorgânicas. É a prova d’água e durável. Não usa fibras de madeira ou tintas feitas com materiais perigosos.
Não apenas pode ser reciclado como também é considerado como um nutriente técnico, pois pode ser reutilizado indefinidamente e transformado em outros livros. O design é de Charles Melcher da Melcher Media.
Já a edição inglesa, de 2008, eles escolheram produzir o livro com papel reciclado e certificação FSC. Na introdução do livro eles explicam a mudança. Na edição americana de 2002 eles queriam demonstrar que a mudança era possível e funcionava. O livro de papel sintético, segundo eles, não é economicamente viável, ainda mais se quem compra vai guardá-lo para sempre e não vai reaproveitar o material. Faria mais sentido para jornais e revistas que, após serem lidos, seriam devolvidos para a reciclagem. A tinta pode ser lavada e reutilizar a página. Não é melhor ou pior, apenas algo para se pensar.

Sobre os autores

William McDonough é arquiteto, e o principal fundador da William McDonough + Partners, Arquitetura e Design Comunidade, com sede em Charlottesville, Virgínia. De 1994 a 1999 atuou como reitor da escola de arquitetura na Universidade de Virginia. Em 1999 a revista Time reconheceu-o como um “Herói para o Planeta”, afirmando que “seu utopismo é baseada em uma filosofia que, demonstrada de maneira prática, está mudando o design do mundo.” Em 1996, ele recebeu o Prêmio Presidential Award for Sustainable Development, a mais alta honraria ambiental dada pelos Estados Unidos.
Michael Braungart é um químico e fundador da Environmental Protection Encouragement Agency (EPEA), em Hamburgo, Alemanha. Antes de iniciar EPEA, ele era o diretor da seção de química do Greenpeace. Desde 1984 ele tem dado palestras em universidades, empresas e instituições de todo o mundo sobre os novos conceitos críticos para a química ecológica e gestão de fluxo de materiais. Dr. Braungart é o destinatário de inúmeras homenagens, prêmios e bolsas de estudo da Fundação Heinz, a W. Alton Jones Foundation e outras organizações.
Em 1995, os autores criaram McDonough Braungart Design Chemistry, uma empresa de desenvolvimento de produto e sistemas que auxilia as empresas na implementação de seu protocolo de design sustentável. Seus clientes incluem a Ford Motor Company, a Nike, Herman Miller, a BASF, DesignTex, Pendleton, Volvo, e a cidade de Chicago. O site da empresa éwww.mbdc.com

Estrutura do livro

  1. This book is not a tree (edição americana)
    Introduction to the 2008 Edition (edição inglesa)
  2. Why being “Less Bad” is no good
  3. Eco-effectiveness
  4. Waste Equals Food
  5. Respect Diversity
  6. Putting Eco-Effectiveness into Practice

Ficha técnica

Título: Cradle to Cradle: Remaking the way we make things.
Autor
: William Mcdonough e Michael Braungart
Editora: North Point Press
Formato: 208 páginas, 14,4 x 22,3 cm
ISBN: 9780865475878
Edição:
1ª 2002 (North Point Press – EUA)
2ª 2008 (Vintage – Inglaterra)
ABNT: MCDONOUGH, William; BRAUNGART, Michael. Cradle to Cradle: Remaking the way we make things. Edição 1 ed.. Nova Iorque: North Point Press, 2002. ISBN 9780865475878.
O livro ainda está disponível somente em inglês. Para comprar a versão física ou digital acesse o link:
http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/externo/index.asp?id_link=9094&tipo=25&nitem=618293
Fonte: http://embalagemsustentavel.com.br


quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Pesquisa aponta potencial de reciclagem de gesso


(Fonte: Jornal da Unicamp)

(Foto: Jornal da UNICAMP)

Um estudo conduzido na Unicamp apontou a viabilidade de reciclar o resíduo do gesso proveniente da construção civil. A pesquisa, desenvolvida pela engenheira civil Sayonara Maria de Moraes Pinheiro, atestou a possibilidade de recuperar o material, mantendo as mesmas propriedades físicas e mecânicas do gesso comercial. O crescimento da construção civil no país na última década tem acentuado o descarte inadequado do resíduo no ambiente, que pode contaminar o solo e o lençol freático.
“Com a investigação mostramos que é viável recuperar um resíduo que não era considerado possível de ser reciclado. Tanto que não existem usinas de reciclo para este material no país. Estima-se que o resíduo do gesso represente em torno de 4% do volume do descarte da construção civil, que no Estado de São Paulo corresponde a mais de 50% de todo o resíduo sólido urbano gerado”, evidencia a engenheira civil.

PRODUÇÃO DO GESSO
Ela explica que o segmento gesseiro nacional encontra-se em expansão. A taxa de crescimento anual é da ordem de 8%, com expectativa de crescimento ainda maior, segundo dados do Sindicato da Indústria do Gesso de Pernambuco. O incremento se deve, conforme a engenheira, principalmente, à disseminação de sistemas construtivos alternativos, ao baixo custo do gesso e ao alto teor de pureza das jazidas de gipsita nacional.
“A extração da gipsita representa 1,9 milhão de toneladas por ano no Brasil. O polo Gesseiro do Araripe é responsável pela maior parte desta produção, tendo como principais consumidores os Estados da região Sudeste. O polo é constituído por 37 minas de exploração, cerca de 100 calcinadoras e, aproximadamente, 300 pequenas unidades produtoras de componentes, a maioria com processos artesanais”, detalha Sayonara Pinheiro. O volume de resíduos gerado por essas unidades produtoras representa, de acordo ela, massa significativa para proporcionar reciclagem industrialmente.

LEGISLAÇÃO
No mesmo ano da defesa do estudo de Sayonara Pinheiro, o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) publicou resolução nº 431 estabelecendo uma nova classificação para o gesso. A resolução altera a classificação do material. Antes, ele era agrupado na categoria de “resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação”. Agora, a deliberação inclui o gesso na categoria de “resíduos recicláveis”, tais como o plástico, papel, papelão, metais, vidros e madeiras. 
“Mesmo que haja segregação deste resíduo na obra, encontramos um problema: a ausência de local para descartá-lo e a inexistência de usinas de reciclo. E porque não existem as usinas de reciclagem? Porque a Resolução do Conama que recomenda a reciclagem do resíduo é recente, e as pesquisas relacionadas ao processo de reciclagem e ao conhecimento das características do gesso reciclado são incipientes. O objetivo do nosso estudo foi justamente avaliar essas propriedades no material reciclado, desenvolvido em modelo experimental”, revela a pesquisadora.

RECICLAGEM
O modelo experimental para a reciclagem do resíduo constituiu, de acordo com ela, nas fases de moagem e calcinação. Após estas etapas foram avaliadas as propriedades físicas e mecânicas do material reciclado. “Os resíduos foram submetidos a ciclos de reciclagem consecutivos. Com estes ciclos, nós queríamos verificar se era possível reciclar o gesso, que já havia passado por processo de reciclo. Chegamos até o 5º ciclo de reciclagem e o gesso apresentou características químicas e microestruturais similares ao longo de todo o processo. Podemos inferir, portanto, que ele pode ser reciclado indefinidamente”, conclui.
Os ciclos de reciclagem provam, segundo a engenheira, que o gesso da construção civil pode ser totalmente sustentável.  “Pode-se utilizar o resíduo do gesso em diversos ciclos de reciclagem, que é uma das diretrizes da sustentabilidade no setor. Além disso, evita a extração da matéria-prima de fabricação do gesso, que é a gipsita”, complementa Sayonara Pinheiro.

Solteiros reciclam menos que casados, mostra pesquisa feita no Reino Unido


Segundo estudo realizado no Reino Unido, mulheres reciclam mais

Por mais incrível que possa parecer, a situação amorosa das pessoas tem correlação direta com seus hábitos de reciclagem. Esse foi o resultado de uma pesquisa que faz parte do projeto Undestanding Society do Conselho de Pesquisa Econômica e Social do Reino Unido, realizado pela Universidade de Essex.
Dos 2.000 solteiros que participaram da pesquisa, apenas 65% afirmaram que reciclam o lixo doméstico. Deles, 69% mulheres solteiras fazem algum tipo de reciclagem, enquanto 58% dos homens dizem fazer o mesmo. Por outro lado, 79% dos 3.000 casais responderam que reciclam.
O que se percebeu nessa pesquisa é que as mulheres são as que mais reciclam o lixo doméstico. De acordo com Hazel Pettifor, que liderou a pesquisa, isso provavelmente acontece por uma questão cultural. Enquanto as mulheres preparam os alimentos e lavam a louça, momentos em que a reciclagem é mais propícia, o homem tem o costume de apenas levar o lixo para fora.
A pesquisa também mostra que quando os casais distribuem as tarefas domésticas, os homens adquirem o hábito de reciclar. Mas mesmo nesse caso, as mulheres mostram mais disposição para separar e reciclar o lixo doméstico.
Trata-se de estudo baseado em uma sociedade, a princípio de hábitos bastante diferentes dos nossos e generalizar nunca parece um caminho prudente, mas enquanto estudos dessa natureza não aparecem por aqui, vale à pena refletirmos sobre a condição apurada naquela cultura. Importa não deixar que o fato de você ser solteiro ou homem afete seus hábitos de reciclagem. Nunca é tarde para começar.

(Fonte: http://www.ecycle.com.br)


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Cicla Brasil participa de Seminário sobre implantação da PNRS nos municípios brasileiros


Ontem, 21 de janeiro de 2013, a Cicla Brasil participou em São Paulo do Seminário: Desafios e Ferramentas para a Implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos nos Municípios Brasileiros, promovido pela AVINA, Instituto Nossa São Paulo Sustentável e Fundação Getúlio Vargas.
O Seminário é o primeiro de vários encontros e contou com a participação de especialistas da área, organizações com atuação relevante e representantes do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Vídeo contextualiza situação catadores em Bogotá


Vídeo que retrata a situação dos catadores de materiais na Colombia.

Título do Vídeo: Cronicas de una lucha por la inclusion - Recicladores en la crisis de la basura em Bogotá.
Produção: Women in Informal Employment: Globalizing and Organizing (WIEGO)



Desafios para Haddad para a coleta seletiva



Em quatro perguntas Nina Orlow aponta, para o Jornal "O Estado de SãoPaulo", desafios para novo prefeito de São Paulo em relação ao desenvolvimento da coleta seletiva.
Veja na integra

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A crise financeira de 2008 e os catadores de materiais recicláveis


A crise financeira mundial de 2008 afetou diretamente o mercado da reciclagem no Brasil e a viabilidade econômica de muitas organizações de catadores.
Diante disso, em 2009, o IPEA escreveu um artigo abordando os efeitos da crise e a importância da remuneração dos catadores pelos serviços prestados, reivindicação do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) que está sendo discutida até hoje junto ao Governo Federal.
Para entender mais sob o tema, acesse o link abaixo:
PDF Estudo IPEA

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Ibama publica Lista Brasileira de Resíduos Sólidos


O Ibama publicou a Lista Brasileira de Resíduos Sólidos (Instrução Normativa Ibama nº 13, de 18 de dezembro de 2012), um importante instrumento que irá auxiliar a gestão dos resíduos sólidos no Brasil.
Com a publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, era considerado essencial a padronização da linguagem e terminologias utilizadas no Brasil para a declaração de resíduos sólidos, principalmente com relação às informações prestadas ao Ibama junto ao Cadastro Técnico Federal.
Sem uma linguagem padronizada para a descrição dos resíduos sólidos, seria pouco provável tratar estatisticamente e comparativamente dados sobre a geração e destinação dos resíduos sólidos de diferentes empreendimentos e atividades, e pouco provável também seria agregar estes dados aos planos de gerenciamento dos municípios e estados brasileiros, que possuem realidades de geração e destinação de resíduos bastante distintas.
Com a Lista, o Ibama pavimenta também o caminho para a implementação do Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos, que já estará disponível ao usuários do CTF neste ano”.
Inspirada na Lista Européia de Resíduos Sólidos (Commission Decision 2000/532/EC), a Lista Brasileira utiliza a mesma estrutura de capítulos, subcapítulos e códigos daquela lista, tendo sido adaptadas as fontes geradoras e tipologias de resíduos à realidade brasileira.
A adoção da Lista também facilitará o intercâmbio de informações no âmbito da Convenção de Basileia que dispõe sobre a movimentação transfronteiriça de resíduos sólidos (exportação, importação e trânsito). Será possível, apenas a partir do código do resíduo, classificar o processo que lhe deu origem e saber se ele contém elementos e contaminantes perigosos.
A Lista Brasileira de Resíduos Sólidos pode ser encontrada no endereço da Imprensa Oficial, no link: http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=20/12/2012&jornal=1&pagina=200&totalArquivos=324

(Fonte: http://www.ibama.gov.br, publicado em 02/01/2013)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Governo Federal lança portal para monitorar a gestão de resíduos sólidos

(Foto: Martim Garcia/MMA)

O Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (Sinir), que permite o controle do cumprimento das metas do plano nacional e dos acordos setoriais, já está disponível no endereço eletrônico: www.sinir.gov.br. A partir de agora, os governos, o setor privado e a sociedade civil terão uma proposta inicial para ser aprimorada e alimentada ao longo dos próximos dois anos.

As informações constantes do Sinir possibilitarão o acompanhamento da gestão dos resíduos sólidos em todos os municípios, não só os resíduos sólidos urbanos, mas todos os resíduos abrangidos pela Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

O sistema é um dos instrumentos previstos pela da Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída em agosto de 2010, para a gestão dos resíduos sólidos no país. O Sinir ajudará, ainda, a implantação dos novos princípios da lei, que estabelece a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, chamada de logística reversa. O sistema já vem sendo abordado de forma integrada a outros instrumentos previstos pela PNRS, como os planos de resíduos sólidos e a coleta seletiva. 

“O sistema será implantado com mais profundidade ao longo dos anos 2013 e 2014. O MMA irá discutir com os setores envolvidos na PNRS, as informações que serão absorvidas pelo SINIR, assim como fará o tratamento dessas informações com o propósito de programar uma adequada arquitetura da Informação, necessária à gestão estratégica do Sinir para o recebimento de críticas e sugestões que serão utilizadas pelos governos, setor privado e a sociedade civil. Essas informações serão migradas de outros sistemas existentes”, informou o diretor do Departamento de Ambiente Urbano (DAU), Silvano Silvério da Costa. Ele destacou ainda que a meta é utilizar essas informações para a gestão dos resíduos sólidos em todos os municípios, além de viabilizar a adoção de programas e ações de grupos interessados. Eventuais contribuições podem ser enviadas ao Sinir. Basta acessar o “Fale Conosco” no próprio Sistema.

(Fonte: Ministério do Meio Ambiente)
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...