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sexta-feira, 8 de abril de 2016

Interview David Katz





Why did you decide to invest this years of your life on Plastic Bank? In other words, why do you do what you do?
I don´t think that I decided. I think that I was enlightened with it, I think that I needed it. I remember the day when I said “someone should do something about it”, and in that moment I realized who I needed to be, to be that person who could change the world. Plastic Bank it´s a way of living, It´s a life.

How would you explain what you are doing to your children, David?
My children are so inspired by me, they are so proud. They think they have a very famous father (laughs), it´s very nice. They know that what we are doing is helping people come out from poverty and helping to keep plastic from being in the ocean, and for them that’s enough. They don´t need to know how, they know why. 
They pay a price to not have a father at home, but they know that it’s important, and they are happy to pay that price.

And the price that you pay being far from them sometimes?
It’s a big price...but they know that I’m doing this for everybody, they know that I’m doing it for other people’s children, so their children can be proud of their parents.

Like you explained me before, by 2050, there will be more plastic than fishes in the ocean. Do you think that we can stop it? How? What needs to change?
We have to turn of the tap, but we don’t listen to the call. So many people tell to themselves “someone has to do something about it”, and not enough people say “I would do”. That´s what has to change. We have to enlightened the spirit of the person to know that they are the ones who can do it. 
There are too many people who think about the problems in the world. We need more people who act to change the world, to think on the solutions. We need more “solutions minded” people.

And how plastic bank is going to help to make that happen?
We gather together, we bring people together. We create the circular economy in material, in plastic material, to rebuild the value that the individual has, that the brand has, that the plastic has, that the collector has...that the community has. We allow them all they come together to make the change. Many hands, make the work easy.

Social Plastic, as a concept it’s attractive, but what’s tha added value that it has? On the one hand for the brands, and on the other for the society?
Well, don’t forget that this is a business solutions, and that what we are creating brand engagement. We have to focus on it for the business, because it’s business that got us here. So we gotta change the way we were thinking in business, because it was consumerism, it was the desire of everyone to have more, that got us to a point where oceans are polluted, where millions of animals are dying every year. So we need to create a business solution to it as well. 
We can’t just expect people to stop using plastic and be altruistic and think “Oh no, stop using plastic!”, it’s never gonna happen. We have to make it easy to people to make a change, and thats Social Plastic. Social Plastic, in a way, enables the brand to identify with the consumer, and it starts with us. It’s when you, and I, and your friends say “No, I will only buy material that came from the ocean, I will only buy material that does good in the world”. We need to be aware of our decisions, and the impact of our decisions.

And are the brands interested on Social Plastic?
They are so interested, that´s the most exciting part. They listen to the consumer, they are the indication of what the consumer wants. We are where we are today, because the consumer has demanded it, because someone said “ I want cheaper soap”, “I want a more convenient water”... So the businesses went, and provided that.
But this has changed. Now we are saying “No, I want a more sustainable product”, “No, I want a product that does better in the world”. And the more we are, the more that we ask it, the more that we engage the rest of our community and our families and our friends, the faster will happen this change.

Right. But this consumers that we are talking about, are the ones from developed countries, from more developed markets. How is Plastic Bank going to change the life of people from more vulnerable communities that are not consumers of this brands?
That´s the beautiful part right? The beautiful part is that you cannot convice someone against their will. When you don´t have enough food, and you don´t have your children in school, and you don´t have medicine and your child is at home sick, you don´t care about the plastic in the ocean.
But if you can look at the material and say “Oh, there is money in that for me. And if i go and clean, if I go and pick that up, then I can put my child in school, that gives me medicine, that gives me hope”. Then it´s different.
I don´t want them to do it for the planet, I want them to do it for themselves.

If I’m not wrong, plastic has even more value than steel. Why don´t we see it?
Correct. Kilo for kilo plastic is 10 times the price of steel, and steel is one of the most recycled materials of this world. When we look at it, a small block of steel is 50kg, but 50kg of plastic takes a big space, and thats part of the challenge, but it does not diminish it’s value, the value is still there.

Last question David, When would you be ready to let Plastic Bank go?
(Silence) You never let go your children. They become adults on their own, it’s only my role to prepare them to be on their own. But I will never let it go...

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Entrevista David Katz



Por que você decidiu investir estes anos de sua vida no Plastic Bank? Em outras palavras, por que você faz o que você faz ?
Eu não acho que eu decidi,achei necessário. Lembro do dia em que eu disse "alguém deveria fazer algo sobre isso", e naquele momento percebi que esse alguém precisava ser eu mesmo... a pessoa que poderia mudar o mundo. Plastic Bank é um modo de vida, é uma forma de viver.

Como você explicaria o que você está fazendo para os seus filhos, David?
Meus filhos ficam tão inspirados por mim, eles estão tão orgulhosos do meu trabalho. Eles pensam que têm um pai muito famoso (risos) e é muito bom! Eles sabem que estamos ajudando as pessoas sairem da pobreza e evitando que os plásticos acabem nos oceanos, para eles isso é o suficiente. Eles não precisam saber como, eles sabem o porquê. Eles pagam um preço de não ter um pai em casa, mas sabem que é importante e estão dispostos a pagar o preço.

E o preço que você paga estar longe deles às vezes?
É um grande preço ... mas eles sabem que eu estou fazendo isso por todos, eles sabem que eu estou fazendo isso pelos filhos dos outros, para que seus filhos possam se orgulhar de seus pais.

Como você me explicou antes, em 2050, haverá mais plástico do que peixes no oceano. Você acha que nós podemos pará-lo? Como? O que precisa mudar?
Temos que fechar a torneira, mas nós não ouvirmos o chamado. Muitas pessoas dizem para si mesmas "alguém tem que fazer algo sobre isso", mas poucas pessoas falam "eu faço". Isso é o que tem que mudar. Temos que iluminar o espírito da pessoa para que percebam que eles são os únicos que podem fazê-lo.
Há muitas pessoas que pensam sobre os problemas do mundo, mas precisamos de mais pessoas dispostas a agir para mudar o mundo, que pensem em soluções. Precisamos de mais pessoas pensando soluções. ("solution minded")

E como Plastic Bank vai ajudar a fazer isso acontecer?
Nos juntamos, nós unimos as pessoas, criamos a economia circular do material plástico, para reconstruir o valor que o indivíduo tem, que a marca tem, que o plástico tem, que o catador tem ... que a comunidade tem. Nós possibilitamos que todos se reúnam para fazer a mudança. Muitas mãos tornam o trabalho mais fácil.

Plastico Social é um conceito que é atraente, mas qual é o valor acrescentado que tem? Por um lado, para as marcas, e por outro para a sociedade?
Bem, não se esqueça que esta é uma solução de negócios e que o que nós estamos criando o engajamento das marcas. Temos de nos concentrar nelas para o negócio, porque foram os negócios que nos trouxeram até aqui. Então, nós temos que mudar a forma como nós estávamos pensando nos negócios, porque foi o consumismo, foi o desejo de todos de ter cada vez mais, que nos levou a um ponto onde os oceanos estão poluídos, onde milhões de animais estão morrendo a cada ano. Então, precisamos criar uma solução de negócios para resolver o problema também.
Não podemos apenas esperar que as pessoas deixem de usar plástico e ser altruísta e pensar "Oh, não, pare de usar plástico!", isso nunca vai acontecer. Temos que tornar mais fácil para as pessoas a fazerem uma mudança, e isso é Plastico Social.
Plastico Social, de certa forma, permite que a marca se identificar com o consumidor, e isso começa com a gente. É quando você, e eu, e seus amigos dizem "Não, eu vou só comprar material que veio do oceano, eu só vou comprar material que faça o bem para o mundo". Precisamos ser conscientes das nossas decisões, e os impactos delas.

As marcas estão interessadas no Plastico Social?
Eles estão muito interessados, isso é a parte mais emocionante. Eles escutam o consumidor, eles sabem o que o consumidor quer. Estamos onde estamos hoje, porque o consumidor tem exigido, porque alguém disse "Eu quero sabão mais barato", "Eu quero uma água mais conveniente" ... Assim, as empresas foram, e forneceram aos consumidores. Mas isso mudou, agora nós estamos dizendo "Não, eu quero um produto mais sustentável", "Não, eu quero um produto que faz bem do mundo". E quanto mais formos, mais pedirmos, mais envolvermos o resto da nossa comunidade, nossas famílias e nossos amigos, mais rápido vai acontecer esta mudança.

Certo. Mas este consumidores que estamos falando, são os de países desenvolvidos, os de mercados mais desenvolvidos. Como é o Plastic Bank vai mudar a vida das pessoas das comunidades mais vulneráveis que não são consumidores destas marcas?
Essa é a parte bonita certo? A parte bonita é que você não pode convencer alguém contra a sua vontade. Quando uma pessoa não tem comida suficiente, seus filhos não estão na escola, não tem remédio e seu filho está em casa doente, então você não se preocupam com o plástico no oceano.
Mas se você pode olhar para o material e dizer: "Oh, há dinheiro nesse material para mim. E se eu  pegá-lo, então eu posso colocar meu filho na escola, consigo os remédios para meu filho doente, isso me dá esperança ". Então isto é diferente. Eu não quero que eles façam isso para o planeta, eu quero que eles façam isso por si mesmos.

Se não estou errado, o plástico tem ainda mais valor do que o aço. Porque não percebemos isso?
Certo! O quilo do plástico é 10 vezes o valor do aço, e o aço é um dos materiais mais reciclados deste mundo. Quando olhamos para ele, um pequeno bloco de aço é 50 kg, mas 50 kg de plástico precisão de um grande espaço, e isso é parte do desafio, mas isso não diminui o valor, o valor ainda está lá.

Última pergunta David, Quando você estaria pronto para deixar Plastic Bank ir?
(Silêncio) Você nunca quer deixar seus filhos irem. Eles se tornam adultos por conta própria, o meu papel é prepará-los para isso. Mas eu nunca vou deixá-lo ir.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Intercâmbio de Práticas & Ferramentas de Gestão em Organizações de Catadores



Nos próximos dias 11 e 12 de junho acontecerá o workshop “Intercâmbio de Práticas & Ferramentas de Gestão em Organização de Catadores” durante o 6º Fórum Internacional de Resíduos Sólidos, no Parque Tecnológico de São José dos Campos/SP. No evento serão apresentados resultados de trabalhos já realizados em gestão de organizações de catadores.
O encontro organizado pelo Instituto Venturi e o Observatório da Política Nacional de Resíduos Sólidos tem como objetivo replicar e potencializar práticas e ferramentas de gestão em organizações de catadores, nas próprias organizações e também em universidades, ONGs e instituições que auxiliam o gerenciamento de organizações de catadores. O público esperado é de cooperativados, pesquisadores, acadêmicos, profissionais e gestores públicos interessados em compartilhar experiências técnicas e tecnológicas.
Será uma ótima oportunidade para troca de conhecimento sobre a gestão da coleta, triagem, e destinação de resíduos recicláveis, além de abordar temas como a organização de equipe, retenção de cooperados, gerenciamento administrativo, vendas de material reciclável, prestação de serviço às prefeituras, e todas as demais atividades no âmbito das organizações de catadores.
Para fazer sua inscrição no evento, ou para submeter seu trabalho acadêmico, acesse o site: www.GestaodeOrganizacaodeCatadores.wordpress.com

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Créditos de Catadores recebem maior votação na Conferência de Meio Ambiente do RJ


Proposta de Créditos de Logística Reversa será levada para Conferência Nacional de Meio Ambiente
Rio de Janeiro, 15 de setembro de 2013
A proposta de uso de Créditos de Logística Reversa dos Catadores, desenvolvida conjuntamente pelo Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) e bolsa de valores ambientais BVRio, recebeu a maior votação no segmento Criação de Emprego e Renda, e segundo lugar entre todos os participantes da Conferência de Meio Ambiente do Rio de Janeiro. (Veja vídeo em www.youtube.com/users/canalbvrio ).
A conferencia se realizou na UERJ neste ultimo final de semana, e contou com a participação de cerca de 400 delegados, representando entidades do setor público, privado e terceiro setor, incluindo cooperativas de catadores, de vários municípios do Estado do Rio de Janeiro.
As propostas selecionadas nesta conferencia serão encaminhadas para a IV Conferência Nacional de Meio Ambiente, a ser realizada em Brasília nos dias 24 e 27 de outubro 2013 que definirá propostas para políticas públicas relacionadas ao meio ambiente. O tema da IV Conferencia é a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
“A BVRio e o MNCR esperam que os Créditos de Logística Reversa tornem-se mais uma opção ao dispor das empresas e da sociedade para contribuir para este grande desafio ambiental. Acreditamos que este mecanismo de mercado tenha grande potencial para permitir o cumprimento da PNRS de uma maneira eficiente”, comentou Luciana Freitas, BVRio.
O sistema de Créditos de Logística Reversa foi criado para facilitar o cumprimento das obrigações criadas pela PNRS. No que diz respeito a embalagens pós-consumo, a lei determina que fabricantes, distribuidores e comerciantes todos têm responsabilidade de “introduzir sistemas de logística reversa para assegurar a restituição dos resíduos sólidos para seu reaproveitamento ou outra destinação ambientalmente adequada”.
Os créditos serão emitidos e oferecidos à venda para empresas através da BVTrade – a plataforma eletrônica de negociação de ativos ambientais ligada à BVRio.
FIM
Sobre a BVRio: A bolsa de valores ambientais BVRio é uma associação sem fins lucrativos, que trabalha com mecanismos de mercado para facilitar o cumprimento de leis ambientais no Brasil. Através da sua plataforma BVTrade, a BVRio apoia o desenvolvimento de mercados ambientais em todo o Brasil. A plataforma já está cadastrando cooperativas e associações de catadores e pode ser acessada em: www.bvtrade.org.www.bvtrade.org (veja um vídeo sobre o sistema de Créditos de Logística Reversa através de link nesta página).
Sobre o MNCR: O Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis é um movimento social que há cerca de 12 anos vem organizando os catadores de materiais recicláveis em todo o Brasil e conseguiu o reconhecimento da profissão. A lei que instituiu o PNRS garante aos catadores a participação na gestão dos resíduos como forma de inclusão social e econômica, reconhecendo a importância dos catadores na coleta seletiva e na logística reversa.
Sobre o acordo entre BVRio e MNCR: O Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) e Bolsa de Valores ambientais do RJ uniram forças para desenvolver um mercado de Créditos de Logística Reversa que vai facilitar o cumprimento das obrigações criadas pela lei de Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A lei determina que fabricantes, distribuidores e comerciantes têm a responsabilidade compartilhada de “introduzir sistemas de logística reversa para assegurar a restituição dos resíduos sólidos para seu reaproveitamento ou outra destinação ambientalmente adequada” no que diz respeito a embalagens pós-consumo.
Além de ter como meta acabar com os lixões até 2014, a lei que criou a PNRS em 2010 também inovou ao determinar que a implementação da logística reversa (processo em que as embalagens usadas fazem o caminho inverso e são coletadas para receber uma destinação final adequada) deve contemplar o envolvimento dos catadores, visando a sua emancipação econômica e incentivando a criação e o desenvolvimento de cooperativas. Hoje, associações e cooperativas de catadores já contribuem para a coleta e separação de uma fração significativa dos resíduos sólidos produzidos no país, mas recebem somente pela venda deste material a empresas recicladoras. Através dos Créditos de Logística Reversa, catadores serão também remunerados pelo serviço ambiental prestado à toda sociedade.
A BVRio e o MNCR entendem que os créditos de logística reversa são um instrumento importante para a aplicação efetiva da lei, ao promover a implementação eficiente de logística reversa e fomentar a emancipação econômica e desenvolvimento das cooperativas de catadores, através de um sistema transparente e eficiente de pagamento dos serviços ambientais prestados por eles à toda população.
Espera-se que o valor adicional gerado pela venda dos créditos servirá de incentivo para que mais resíduos sejam coletados e reciclados, com grande benefício ambiental. Ao mesmo tempo, a receita da venda dos créditos contribuirá para um aumento da renda dos catadores, cujo número no Brasil é estimado em 800 mil. A BVRio e o MNCR entendem que o sistema de créditos de logística reversa é um instrumento importante para a aplicação efetiva da lei, ao promover a implementação de um sistema eficiente de logística reversa e fomentar a emancipação econômica e desenvolvimento das cooperativas de catadores, através de um sistema transparente e eficiente de pagamento dos serviços ambientais prestados por eles à toda população.Os créditos serão emitidos e ofertados a através da BVTrade – a plataforma eletrônica de negociação de ativos ambientais da BVRio.
Para saber mais, visite:
www.bvrio.org 
www.bvtrade.org (veja um vídeo sobre o sistema disponível nesta página).

terça-feira, 2 de julho de 2013

Materiais recicláveis sem uso pela indústria viram rejeito em cooperativas

Em junho a equipe da Cicla Brasil foi conhecer o trabalho da COOPERAÇÃO, cooperativa localizada na Zona Oeste de São Paulo, na região do CEAGESP.  

Ficamos impressionados com a estrutura que o grupo dispõe para executar seu trabalho e a eficácia de sua produção. São vendidas aproximadamente 260 toneladas de materiais recicláveis por mês para indústrias de transformação. Certamente é um dos maiores espaços gerenciados por catadores no Brasil.

Vista geral do galpão da COOPERAÇÃO
Uma das maiores preocupações do grupo é a grande quantidade de materiais que, apesar de serem recicláveis, não possuem venda. Por exemplo, as garrafinhas de plástico branco de leite são feitas de PET, no entanto as indústrias da reciclagem deste tipo de plástico não compram o material com o pigmento branco. O mesmo vale para garrafas vermelhas, laranjas, roxas, entre outras. A indústria de reciclagem de plástico geralmente absorve apenas PET verde, incolor e azul.


Desta forma, estas embalagens são tidas como rejeito nas cooperativas e acabam sendo levadas pela coleta de lixo comum, sendo assim destinadas para aterros. O mesmo acontece com bandejinhas plásticas de PET/ PS, muito comuns em padarias e mercados para embalar bolos e pães (base preta ou branca e tampa transparente).

É importante o consumidor ter acesso a informações como estas para pressionar as indústrias a utilizar materiais recicláveis de fato e não serem enganados, imaginando que estão reduzindo a quantidade de materiais despejados em aterros quando na verdade a única coisa que está mudando é o trajeto da embalagem para chegar a este mesmo destino.

Mais informações sobre a COOPERAÇÃO: http://www.cooperacaoreciclagem.com.br/

Exemplo de materiais que atualmente não têm venda para as cooperativas, transformando-se em rejeito:







Garrafa de PET Branca, muito comum hoje em dia em embalagens de leite 

Pré-formas de PET pigmentadas: maioria das cores não é reciclada pelas indústrias.






sexta-feira, 24 de maio de 2013

Inscrições para o Green Project Awards Brasil vão até 05 de junho.






Estão abertas as inscrições para a segunda edição do Green Project Awards Brasil. Hácinco categorias a concurso:  “Gestão Eficiente de Recursos”, “Iniciativa de Mobilização”, “Produto ou Seviço”, “ Pesquisa e Desenvolvimento” e “Iniciativa Jovem”. Na sua segunda edição, e após ter recebido 200 inscrições de 18 estados brasileiros, o GPA mantém a sua gênese: reconhecer e distinguir organizações e indivíduos que promovam o desenvolvimento sustentável em suas atividades, deste modo incentivando a replicação dessas boas práticas, gerando um movimento engajador de toda a sociedade.

As inscrições vão até 5 de junho no site: http://www.gpabrasil.com.br/

terça-feira, 21 de maio de 2013

Prefeitura de São Paulo apresenta plano para ampliar coleta seletiva em 1.000 toneladas/dia



Programa prevê a instalação de quatro centrais automatizadas de materiais recicláveis até 2016, que irão aumentar a capacidade de seleção das atuais 249 toneladas/dia para 1.249 toneladas/dia.


A Prefeitura Municipal de São Paulo apresentou nesta segunda-feira (20/5) um programa para ampliar a coleta seletiva e a reciclagem de materiais, das atuais 249 toneladas/dia para 1.249 toneladas/dia até o final da gestão. Apresentado pelo presidente da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana – AMLURB, Silvano Silvério, o plano prevê a instalação de quatro centrais automática de triagem de materiais, com capacidade unitária de processar 250 toneladas diárias.
As centrais automatizadas terão eletroímãs e separadores óticos de materiais, entre outras novidades tecnológicas que irão reduzir a necessidade de mão de obra.
Pelo cronograma anunciado, as duas primeiras centrais – que serão instaladas em Santo Amaro e na Ponte Pequena – deverão estar funcionando em junho de 2014. Sem locais definidos ainda, as outras duas deverão ficar prontas até dezembro de 2016.
De acordo com o secretário municipal de Serviços, Simão Pedro, o programa permitirá que a coleta seletiva e a reciclagem na cidade sejam ampliadas de 1,8% (atual) para 10% de todos os materiais coletados. O objeito está incluído no Programa de Metas da Prefeitura (objetivo 15).
“Em médio prazo, a coleta seletiva irá atingir todos os distritos da cidade”, disse ele, lembrando que, atualmente, 75 dos 96 distritos de São Paulo são atendidos parcialmente pelo serviço. A instalação das quatro centrais de triagem de materiais recicláveis e a ampliação da coleta seletiva para todos os distritos da cidade também integram o Plano de Metas 2013/2016 (metas 71 e 72).
No evento de lançamento, o prefeito Fernando Haddad assinou as ordens de serviço para dar início aos projetos das duas primeiras centrais, que exigirão investimentos de R$ 20,2 milhões cada.  
Catadores preocupados com postos de trabalho
Algumas lideranças de catadores presentes ao evento mostraram preocupação com a possibilidade de as centrais automatizadas não resultarem em postos de trabalho para as pessoas que já atuam na área. “Nada mudou com a atual gestão”, lamentou Sérgio Bispo, da Cooperativa de Catadores da Baixada do Glicério. Segundo ele, a Prefeitura não se reuniu com a categoria para discutir o plano.     
Para Eduardo Ferreira de Paula, da Articulação do Comitê da Cidade dos Catadores de Materiais Recicláveis, não era isso que os catadores esperavam. “Cada central automatizada precisará de apenas 60 catadores para trabalhar”, registrou. Na avaliação de Paula, a Prefeitura deveria utilizar os recursos para investir nas cooperativas e na qualificação profissional dos catadores.   
Por outro lado, Roberto Laureano da Rocha, da Coordenação Nacional do Movimento dos Catadores de Materiais Recicláveis, se declarou “entusiasmado” com o plano anunciado. “Meu entusiasmo, em primeiro lugar, é pelo fato de a Prefeitura de São Paulo não estar optando pela incineração do lixo e sim pela reciclagem”, ponderou.
Ele também disse acreditar que os catadores terão participação ativa na implementação do programa. “A velocidade da Prefeitura foi maior que o movimento e faltou informação”, reconheceu. O líder dos catadores avalia que será necessário fazer as informações chegarem a todos os trabalhadores do setor. “Vamos fazer uma assembleia ou um encontro, para explicar melhor o programa”, anunciou.

Questionado sobre o assunto, o prefeito Fernando Haddad argumentou que o programa irá contemplar os catadores. “Nenhum catador será excluído”, garantiu.
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